Há ralis e há o… RallySpirit Altice!

Há ralis e há o… RallySpirit Altice!

Junho 7, 2022 Por Daniel Soares

Qual é o rali em que, a meio de uma ligação, os concorrentes são surpreendidos e brindados com um pastel de nata para retemperar as forças, cortesia da organização? Qual é o rali em que, no final de uma etapa, os pilotos são recompensados com um jantar, com bar aberto? Qual é o rali em que um ciclista e as peças da sua bicicleta são a solução para que um piloto não conheça o sabor da desistência? Ou qual é o rali em que o vencedor, no último troço e ainda com o cronómetro a contar, faz um pião na zona-espetáculo apenas para deixar o público ao rubro? A resposta é: RallySpirit Altice!

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Sim, a sétima edição do único Rally-Legend português inscrito no calendário do Slowly Sideways Europe voltou a redundar num enorme sucesso e por uma simples razão: foi muito, mas mesmo muito mais, do que uma mera luta contra o cronómetro entre as mais de oito dezenas de equipas que alinharam à partida.
 
No RallySpirit Altice, as estrelas foram alguns dos mais icónicos carros de ralis de todos os tempos e os heróis que os guiaram, muitos deles verdadeiros gentleman’s drivers, mas com paixão e entusiasmo suficientes para viajarem milhares de quilómetros até à ponta mais ocidental da Europa, para mostrarem modelos épicos como o Audi Sport Quattro S1 E2, Lancia Stratos, Toyota Celica Turbo ou Nissan 240 RS e assim darem o seu contributo para que, mais do que uma prova, o RallySpirit Altice fosse um verdadeiro museu a céu aberto

O público aficionado agradeceu, respondendo com presença massiva nas classificativas, mas também no parque de assistência (Barcelos), nos reagrupamentos (Amares, Barcelos e Santo Tirso), no controlo de passagem (Famalicão), mas também na emblemática Marginal de Gaia e na Foz do Douro (nos Jardins das Sobreiras), no Porto.  
 
Afinal, não é todos os dias que se pode ver um Opel Ascona 400 outrora guiado por mestres como Henri Toivonen e Walter Röhrl, um Toyota Corolla WRC (ex-TTE) ou um Lancia Delta HF Integrale (ex-Lancia Martini Racing) que passou pelas mãos de campeões do mundo de ralis como Didier Auriol ou Juha Kankkunen.
 
Reviver duelos antigos, que ajudaram a escrever dezenas de páginas do Campeonato Nacional de Ralis, no final dos anos 90, com réplicas perfeitas dos 306 Maxi e Mégane Maxi das equipas oficiais Peugeot e Renault.
O tempo avançou, mas não apagou as memórias que o RallySpirit Altice ajudou a conservar!
 

Mas, para além da onda de revivalismo, o evento promovido pela X Racing e organizado, na estrada, pelo Clube Automóvel de Santo Tirso, também elevou a qualidade do espetáculo competitivo, ao longo das 10 provas especiais disputadas, a que se juntaram ainda as Boucles de Barcelos e Gaia.

Na categoria “Históricos”, a vitória foi para a dupla espanhola Xésus Ferreiro/Xavier Vazquez, enquanto que na categoria “Spirit”, a contenda pelo triunfo foi ainda mais animada. Ernesto Cunha e Rui Raimundo colocaram, pela segunda vez consecutiva, o Subaru Impreza WRX no lugar mais alto do pódio, igualando o número de vitórias de Pedro Leal e Isabel Ramalho na prova.

Com o pano a correr sobre a edição de 2022, começa agora a contagem decrescente para o RallySpirit Altice 2023…  
 
 
Classificação
 
Históricos
1º Xésus Ferreiro/ Xabier Vazquez (Ford Escort MK2), 57m37.8s
2º Rui Ribeiro/Pedro Fernandes (Ford Escort MK2), a 1m47.1s
3º Nuno Vaz/Jó Vaz (Ford Escort MK2), a 2m48.9s
 
Spirit
1º Ernesto Cunha/Rui Raimundo (Subaru Impreza WRX), 57m12.5s
2º Pedro Leal/Isabel Ramalho (Mitsubishi Lancer Evo VI), a 17.9s
3º Armando Costa/Octávio Araújo, (Mitsubishi Lancer Evo VI), a 50.0s
 
Classificação oficial em wwr.stm.pt/spirit2022
 

A Galeria do Crashed, acompanhou o segundo dia de prova deste magnífico evento e convidámo-lo a visitar a nossa galeria de fotos do mesmo:

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