RallySpirit 2025: uma década de paixão que terminou em festa
Junho 7, 2025
Dez anos depois da sua estreia, o RallySpirit confirmou novamente porque é muito mais do que um rali. A edição comemorativa juntou máquinas lendárias, figuras históricas como Timo Salonen, milhares de fãs apaixonados e momentos carregados de emoção. Três dias apaixonantes, vividos com máxima intensidade no Norte do país, onde o passado e o presente aceleram lado a lado.
Quando, há 10 anos, o nome “RallySpirit” surgiu no panorama do automobilismo nacional parecia ser apenas mais um rali. Mas, logo no primeiro ano, e com uma pequena lista de 50 equipas à partida, o seu carácter distintivo saltou à vista. Não era apenas uma prova onde carros lendários do passado e do presente conviviam. Tudo o que se respirava naquele ambiente era diferente: a forma nua e autêntica como se vivia a paixão do ralis, como era despertada a memória viva deste desporto e, sobretudo, o tipo de ligação emocional que se estabelecia entre máquinas e pessoas. Ali não havia vedetismo dos pilotos ou demarcações para chegar perto dos bólides. O público podia tocar nas máquinas, sentir o seu pulsar, enquanto mergulhava na história.
Agora, dez edições depois, muito coisa mudou, mas não o espírito do RallySpirit! Esse tornou-se verdadeiramente imutável! E depois de Miki Biasion (2016), Ari Vatanen (2017) e François Delecour (2018), este ano foi a vez de Timo Salolen comprovar a “chama” do evento.
Foram três dias repletos de emoções, transformados em momentos únicos e memórias que ficarão para sempre gravadas não só nos troços, mas no coração de quem viveu este rali como algo que vai muito além da competição.
A enchente da Cerimónia de Partida do Porto (quinta-feira), as belíssimas especiais de Terras do Bouro que cativaram todos os pilotos (sexta-feira) ou a espetacular classificativa-espetáculo em jeito de perseguição de Boucles de Barcelos (sábado) são apenas alguns dos momentos que se tornaram inesquecíveis e que, simultaneamente, aumentaram a adrenalina do público.
Depois de cumpridas as 13 Provas Especiais delineadas pelo Clube Automóvel de Santo Tirso (responsável organizativo da prova), três equipas puderam abrir o champanhe da vitória.
Na Categoria “Históricos”, Rui Ribeiro/Pedro Fernandes foram, desde cedo, os maiores protagonistas, impondo a lei do seu Ford Escort RS MK II, terminando com uma clara vantagem desobre Pedro Silva/Joaquim Duarte, em carro idêntico, enquanto António Carvalho/José Bilhoto BMW 2002 Ti) completaram o pódio.
Igualmente em destaque esteve a dupla Rui Salgado/Luís Godinho, que repetiram o triunfo de 2019, mas agora na Categoria “Spirit”. O piloto do Peugeot 306 GTI terminou com margem confortável sobre a dupla João Arantes/Bernardo Gusmão, que levaram o Ford Sierra RS Cosworth 4×4, ex-equipa oficial Diabolique, ao lugar intermédio do pódio. Após desistir no primeiro dia de prova, Rui Madeira (Campeão do Mundo de Grupo N em 1995), acompanhado por Paula Madeira, ainda logrou atingir o pódio.
Finalmente, na Categoria “Extra”, Vítor Pascoal/Ricardo Faria (Porsche 911) levaram a melhor sobre os também experimentados Fernando Peres/Carlos Magalhães (Mitsubishi Lancer Evo IX), num emocionante duelo entre pilotos Fuchs.
Classificação Final
Históricos
1º Rui Ribeiro/Pedro Fernandes (Ford Escort RS MK II), 1h17m28,9s
2º Pedro Silva/Joaquim Duarte Ford Escort RS MK II), a 3m54,3s
3º António Carvalho/José Bilhoto (BMW 2002 Ti), a 7m39,6s
Spirit
1º Rui Salgado/Luís Godinho (Peugeot 306 GTI), 1h20m,21,2s
2º João Arantes/Bernardo Gusmão (Ford Sierra RS Cosworth 4×4), a 3m31,0s
3º Rui Madeira/Paula Madeira (Mitsubishi Lancer Evo III) a 4m10,4s
Extra
1º Vítor Pascoal/Ricardo Faria (Porsche 911), 1h17m55,0s
2º Fernando Peres/Carlos Magalhães (Mitsubishi Lancer Evo 9), a 18,3s